O FEMINISMO NEGRO NO BRASIL
E A PRODUÇÃO ACADÊMICA
Esta pesquisa, ainda em desenvolvimento, está relacionada à escrita do artigo que apresentarei
como Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em História e Cultura Afro-Brasileira,
oferecido pela Universidade Leonardo Da Vinci (UNIASSELVI), na modalidade Ensino à Distância (EAD),
no qual ingressei em fevereiro de 2020.
Meu objetivo é traçar um mapa das publicações acadêmicas sobre «feminismo negro no Brasil»,
encontradas através do motor de busca Google Acadêmico, utilizando a expressão entre
aspas, o que significa que os resultados incluem apenas textos onde ela aparece
completa, e nessa ordem. Documentos que contenham apenas uma, ou duas das palavras, ou
em que elas apareçam em separado, não fazem parte da pesquisa.
O projeto se justifica, no meu entender, porque seus resultados poderão contribuir para
a visibilidade e disseminação da produção acadêmica sobre o “feminismo negro no Brasil” e
facilitar estudos futuros de pesquisadoras e pesquisadores que tenham interesse no tema.
Logo na introdução discutirei aspectos teóricos relacionados ao porquê da escolha
da expressão "feminismo negro no Brasil", o conceito de interseccionalidade e farei o debate
entre as autoras que me guiaram nesses caminhos.
A metodologia que utilizei é, basicamente, quantitativa. Os limites espaciais e
temporais não são pontos de partida, mas de chegada. Os dados filtrados na pesquisa,
se referem à data, lugar, autoria, tipo de publicação (artigo, monografia, dissertação etc.),
departamento (que indica a disciplina dentro da qual os textos foram elaborados) e
instituição ou evento que dá suporte ao tema e ao texto publicado (universidade, fundação,
congresso etc.).
As conclusões são provisórias e por isso ainda não as publicarei, mas posso adiantar que
muitas perguntas vieram à tona ao recolher os textos: conceitos, escrevivências, significantes
que me chamaram a atenção por se repetirem, alguns por serem novos para mim, outros porque são
muito expressivos, como a questão estética ligada aos cabelos das mulheres negras. A distribuição
geográfica me parece reveladora. A alegria, e dela já posso falar, é ver que
há muitas mulheres (que não sei como se autodeclarariam - uma perscrutação, quem sabe, a ser
empreendida) escrevendo sobre mulheres pretas, feminismo negro.
Palavras-chaves: feminismo negro, interseccionalidade, produção acadêmica.